"O Poder da Palavra" - Dando Barro ao Oleiro


Pedro declara: "peço-vos,(...) que vos abstenhais das concupiscências carnais que combatem contra a alma" (1Pedro2:11). Toda concessão feita ao pecado tende a obscurecer as faculdades e a destruir a capacidade de percepção mental e espiritual. O que a Palavra e o Espírito de Deus dão não podem impressionar senão vigorosamente o coração. Paulo disse aos Coríntios: "purifiquemo-nos de toda imundícia da carne e do espírito, aperfeiçoando a santificação no temor de Deus" (2 Cor 7:1). E, com "o fruto do Espírito: amor, gozo, paz, paciência, benignidade, bondade, fidelidade, mansidão" (Gl 5:22, 23), aumenta-se a temperança.

Apesar destas inspiradas declarações, quantos cristãos professos estão a debilitar as suas faculdades na busca de posses e no culto que redem à moda? Quantos estão a aviltar no seu eu a imagem de Deus com a glutonaria, bebedices e pelos prazeres ilícitos? E a Igreja, em lugar de reprimir o mal, frequentemente, o incentiva apelando aos apetites, ao amor ao lucro e aos prazeres, para aumentar os seus tesouros, como se o amor de Cristo fosse demasiado débil para suprir-nos. Se Jesus entrasse nas igrejas dos nossos dias, e visse os testedos e o comércio iníquo que se pratica em nome da religião, não expulsaria acaso a esses profanadores como expulsou do templo os cambistas?

O apóstolo Tiago declara que "a sabedoria que provém de cima é primeiramente pura". Se houvesse encontrado aqueles que pronunciam o precioso nome de Jesus com lábios manchados pelo tabaco, com aqueles cujo hálito e pessoa estão contaminados por seus desagradáveis odores e que infestam o ar do céu obrigando a todos os que as rodeiam a aspirar o veneno; sim, se o apóstolo tivesse conhecido um hábito tão oposto a pureza do Evangelho, não teriam, acaso, estigmatizado como terreno animal e diabólico? Os escravos do fumo pretendendo gozar das bênçãos da santificação completa, falam da sua esperança de ir para a glória, porém, a Palavra de Deus declara positivamente: "não entrará nela coisa alguma que contamine" (Ap 21:27).

"Ou não sabeis que o vosso corpo é o templo do Espírito Santo, que habita em vós, proveniente de Deus, e que não sois de vós mesmos? Porque fostes comprados por bom preço. Glorificai, pois, a Deus no vosso corpo" (1 Cor 6:19,20). Aquele cujo corpo é templo do Espírito Santo, não desejará deixar-se escravizar por nenhum hábito doninho. As suas forças pertencem a Cristo que o comprou com o preço de sangue. Os seus bens são do Senhor. Como poderá justificar-se se destruir o capital que lhe foi confiado? Há professos cristãos que gastam anualmente grandes quantidades em transidencias inúteis e perniciosas enquanto muitas almas perecem por falta da palavra da vida. Deus é roubado nos dízimos e ofertas enquanto consomem no altar da paixão destruidora mais do que dão para socorrer os pobres e para manter o evangelho. Se todos os que professam seguir a Cristo estivessem verdadeiramente santificados, seriam revertidos para o tesouro do Senhor e os cristãos dariam um exemplo de temperança, abnegação e sacrifício próprio. Seriam então a luz do mundo.

O mundo está entregue à sensualidade. A concupiscência da carne, a concupiscência dos olhos, e a soberba da vida governam as multidões. Porém, os seguidores de Cristo são chamados a uma vida santa. "Sai do meio deles e apartai-vos", disse o Senhor, "e não toqueis nada imundo". À luz da Palavra de Deus estanos autorizados a afirmar que não pode ser verdadeira a santificação que não produz este completo desprendimento dos desejos e prazeres pecaminosos do mundo.



Artigo enviado por Francielson. Envie o seu também para pgvasonovo@gmail.com.

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